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O que dizer dessas redes, seus donos e do apreço pelo pior!?

Zuckeberg, dono da Meta, criador da Rede Social, é alguém ávido por grana. Apenas grana… É ela, a grana, e seu querido irmão, poder, que atiçam o interesse de Zuckeberg por jogar ainda mais lama no lodaçal desinformacional chamado Meta/Facebook.

É nessa lama que Trump pretende retomar seu reinado sobre um mundo de brutos e extremistas. Não é sobre a informação ou liberdade, mas sobre como tolher ambos para que o poder flua sem amarras e os inimigos daqueles que o detém sejam retirados do caminho.

A fala de Zuckeberg em que prega a retirada de controles sobre os discursos no Facebook tem aquele retrogosto de chorume característico de quem sabe ter sido apartado de uma festa, mas quer dela participar de qualquer jeito.

Não se engane, não é sobre comunicação, informação ou preocupação com a qualidade do que se difunde: Zuckeberg também quer reinar sobre a mentira – e não fake news, sejamos francos – e participar deste banquete que se inicia…

O fluxo nas redes ditará o futuro e a ordem política que se seguirá dependerá de quem estará à frente ou resistindo a tal torrente.

Não por acaso, talvez devessemos nos permitir uma leitura atenta de Innis: para ele, quem deseja o poder em um determinado momento histórico e social deve ter atenção aos modos e métodos de transmissão de saberes e informações que caracterizam e encerram tal instante…

Zuckeberg parece entender Innis muito bem – mesmo que tardiamente…

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Para escrever (mas não só), às vezes é preciso algo além da vontade…

É isso…

Há algum tempo, no meu caso, algo se quebrou ou foi perdido em relação à escrita. Não foi apenas uma diminuição do desejo de escrever, mas escrever enquanto ato.

Se foi, poderia dizer… Não para “não mais”, mas, pelo menos durante muito, a escrita me pareceu sem sentido – como se tudo o que tivesse para dizer não fizesse mais sentido ou relevante.

Talvez a pluralidade de espaços de escrita termine por limitar a vontade de escrever e ative mais o tempo de sorver que o tempo de criar.

Algo bastante estranho, diria… Mas, dada minha atual perspectiva, um tema que certamente tem merecido uma atenção mais dedicada, visto que, creio, escrever por escrever, talvez seja uma saída possível para tudo isso.

Esse meu writer’s block particular e preguiçoso pede provavelmente que eu apenas escreva em um fluxo contínuo e dando vazão ao que atravessa minha cabeça.

Há tanto sobre o que escrever e um tempo relativo tem sido desperdiçado no consumir o que outros pensam, gravam, filmam e por aí sigamos…

Como digo no título, por vezes é necessário algo além da própria vontade – e isso vale para quase tudo -, mas, para a escrita (esta, ato solitário), é algo que nos exige bem mais que apenas vontade: pede compromisso; pede apreço; cuidado…

Pode ser uma promessa vã – mais uma… Por outro lado, talvez consiga dar vazão a este tanto que quero dizer, mesmo que em poucos parágrafos ou poucas linhas.

Tentemos, né!?

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